O Estádio do Bessa acolheu, na semana passada, a apresentação do projecto Scuola Calcio Milan,  já existente em Portugal desde 2010. Paulo Futre foi apresentado oficialmente  como rosto do projecto da equipa italiana em Portugal.
Este projecto consiste na criação de uma escola de formação para jovens futebolistas e conta com a participação de duas instituições centenárias do mundo do futebol: AC Milan e Boavista Futebol Clube. Além desta escola no Porto, a primeira a entrar em funcionamento, existem ainda mais duas, uma em Lisboa e outra na  Madeira. 
Paulo Futre foi assim, apresentado como administrador desta iniciativa em  Portugal e compareceu perante os meios de comunicação social, direcção,  equipa técnica, jogadores e famílias. 
O ex-futebolista português Paulo Futre mostrou-se orgulhoso  por ter sido escolhido pelo AC Milan, "o melhor clube do Mundo".
"É um dia muito especial, de grande orgulho e honra por poder  voltar a representar de novo o melhor clube do Mundo", revelou Paulo  Futre. 
O ex-internacional português recordou o dia em que foi contratado  pelo AC Milan, pelo qual se viria a sagrar campeão italiano, como um  dos mais felizes da sua vida, uma vez que, nessa altura, o clube  rossoneri era o céu.
"Não havia nada acima, era o máximo. E hoje continua a ser. Não  há nenhuma estrutura desportiva melhor no mundo", completou, garantindo  que os outros clubes têm tudo preparado para um atleta jogar, mas os  italianos têm todas as condições para um futebolista ganhar.
O objectivo da Escola de Futebol do AC Milan é alargar horizontes                         e chegar ao maior número de pontos possíveis no  país. "Queremos estar de norte a sul a formar miúdos para a alta  competição.                         Vamos criar uma bolsa especial para quem não  tiver condições de pagar a formação e queremos fazer protocolos com  Câmaras Municipais.                         Se conseguirem colocar um miúdo dessa localidade  no Milan, a Câmara recebe um prémio. Não queremos pedir, queremos dar",  garantiu                         Paulo Futre. E depois, rematou com a ideia  chave, que já é um chavão: "Vou estar mil por cento concentradíssimo  neste projecto."
Reticente a abraçar o comando de qualquer escolinha desde que se  retirou, Futre aceitou o desafio do AC Milan porque não podia dizer que  não. "É o destino", referiu ainda.
O  objectivo                         é colocar o terceiro português no Milan,  depois de Futre e Rui Costa. Actualmente há mais dois na equipa sub-20:  Pelé e                         Ricardo Ferreira. A aposta no mercado português é  facilmente justificável: "O jogador português é o melhor que há na  Europa                         e somos o país mais exportador da Europa", disse,  lamentando que a Liga Portuguesa de futebol não possa competir  com as  melhores ligas europeias e que, por isso, seja obrigada a exportar os  seus atletas. Futre defendeu ainda a  importância de desenvolver o futebol feminino e a qualidade dos  jogadores formados em Portugal.
Para  além de dar a cara pelo projecto, o antigo internacional luso promete  vestir                         o equipamento e explica o que vai acrescentar. "Temos 90 treinadores, que lhes podem ensinar tudo. Mas eu sou a única  pessoa                         no mundo que lhes pode ensinar uma coisa: os  movimentos com as mãos. Vou equipar-me para lhes ensinar a jogar com as  mãos,                         também", prometeu. 
Miguel Pinho, supervisor técnico do projecto, falou em nome do AC  Milan e explicou que o antigo jogador foi escolhido porque «foi e é um  vencedor», e é considerado um filho do clube.
A camisola (não a mítica 10, mas a 28 que usou em Milão) já lhe tinha sido entregue e ele nunca                         mais a largou. Dezasseis anos depois, Futre é de novo rossonero.  
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