domingo, 16 de outubro de 2011

Paulo Futre apresentado como adiministrador geral da Scuola Calcio Milan em Portugal



O Estádio do Bessa acolheu, na semana passada, a apresentação do projecto Scuola Calcio Milan, já existente em Portugal desde 2010. Paulo Futre foi apresentado oficialmente como rosto do projecto da equipa italiana em Portugal.

Este projecto consiste na criação de uma escola de formação para jovens futebolistas e conta com a participação de duas instituições centenárias do mundo do futebol: AC Milan e Boavista Futebol Clube. Além desta escola no Porto, a primeira a entrar em funcionamento, existem ainda mais duas, uma em Lisboa e outra na Madeira. 

Paulo Futre foi assim, apresentado como administrador desta iniciativa em Portugal e compareceu perante os meios de comunicação social, direcção, equipa técnica, jogadores e famílias. 

O ex-futebolista português Paulo Futre mostrou-se orgulhoso por ter sido escolhido pelo AC Milan, "o melhor clube do Mundo".

"É um dia muito especial, de grande orgulho e honra por poder voltar a representar de novo o melhor clube do Mundo", revelou Paulo Futre.

O ex-internacional português recordou o dia em que foi contratado pelo AC Milan, pelo qual se viria a sagrar campeão italiano, como um dos mais felizes da sua vida, uma vez que, nessa altura, o clube rossoneri era o céu.

"Não havia nada acima, era o máximo. E hoje continua a ser. Não há nenhuma estrutura desportiva melhor no mundo", completou, garantindo que os outros clubes têm tudo preparado para um atleta jogar, mas os italianos têm todas as condições para um futebolista ganhar.

O objectivo da Escola de Futebol do AC Milan é alargar horizontes e chegar ao maior número de pontos possíveis no país. "Queremos estar de norte a sul a formar miúdos para a alta competição. Vamos criar uma bolsa especial para quem não tiver condições de pagar a formação e queremos fazer protocolos com Câmaras Municipais. Se conseguirem colocar um miúdo dessa localidade no Milan, a Câmara recebe um prémio. Não queremos pedir, queremos dar", garantiu Paulo Futre. E depois, rematou com a ideia chave, que já é um chavão: "Vou estar mil por cento concentradíssimo neste projecto."

Reticente a abraçar o comando de qualquer escolinha desde que se retirou, Futre aceitou o desafio do AC Milan porque não podia dizer que não. "É o destino", referiu ainda.

O objectivo é colocar o terceiro português no Milan, depois de Futre e Rui Costa. Actualmente há mais dois na equipa sub-20: Pelé e Ricardo Ferreira. A aposta no mercado português é facilmente justificável: "O jogador português é o melhor que há na Europa e somos o país mais exportador da Europa", disse, lamentando que a Liga Portuguesa de futebol não possa competir com as melhores ligas europeias e que, por isso, seja obrigada a exportar os seus atletas. Futre defendeu ainda a importância de desenvolver o futebol feminino e a qualidade dos jogadores formados em Portugal.

Para além de dar a cara pelo projecto, o antigo internacional luso promete vestir o equipamento e explica o que vai acrescentar. "Temos 90 treinadores, que lhes podem ensinar tudo. Mas eu sou a única pessoa no mundo que lhes pode ensinar uma coisa: os movimentos com as mãos. Vou equipar-me para lhes ensinar a jogar com as mãos, também", prometeu.

Miguel Pinho, supervisor técnico do projecto, falou em nome do AC Milan e explicou que o antigo jogador foi escolhido porque «foi e é um vencedor», e é considerado um filho do clube.

A camisola (não a mítica 10, mas a 28 que usou em Milão) já lhe tinha sido entregue e ele nunca mais a largou. Dezasseis anos depois, Futre é de novo rossonero. 

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